terça-feira, 5 de junho de 2012

Rannah Di Eagor

Eu, Rannah Di Eagor, 22 aniversarios, pertencente a Casta dos Guerreiros (Scarlet), uma casta formada por infantaria, tarnsmen e cavalaria Tharlarion. Os membros dessa casta compõem o ramo militar do Governo Gorean, onde meu pai, Celsius di Eagor pertencia a Casta Vermelha e era comandado por Pasha Kamal. Meu pai sempre foi um homem de bravura e impecável em suas decisões, herdou do seu pai a casta e iniciou sua formação em Siwa que na época era um oásis, uma tribo e onde hoje se tornou uma cidade. As qualidades de meu pai eram visíveis, um exímio guerreiro, que portava sempre a honra e a jutiça. Sempre foi severo nos seus comandos, cruel com as ilegalidades e imprudência ocasionadas dentro do seu convívio, rígido com os rariis a sua submissão e sempre merecedor de honras ao seu mérito por sempre ser cumpridor dos seus deveres, da lei e do governo. Amava a sua casta, a sua posição social, fazia com amor a pátria, fazia com devoção e daria seu sangue para defender àqueles que estavam sob a sua proteção. Foi assassinado de uma forma até hoje desconhecida, estava numa missão, em caravanas, onde houve seu sumiço e com tantas buscas jamais o encontraram dando o como morto. Assim até hoje histórias rondam sobre a sua morte misteriosa, mesmo que há anos atrás encontraram um corpo em total degradação, basicamente só existia o esqueleto, com várias partes dos ossos quebrados e alguns outros ossos desaparecidos, foram feitos estudos e análises e chegaram a conclusão que seria os ossos de meu pai, mas eu nunca acreditei nessa história mantendo ainda dentro de mim uma desconfiança muito grande quanto ao seu desaparecimento.
Quando ele faleceu, ele deixou uma família constituída: minha mãe Juliet, meu irmão Romeu e eu a caçula, eu tinha na época 15 aniversários completos, mas ele deixou a família amparada com seus bens e alguns tarks prata e ouro. Além de poucos objetos de ouro, onde poderíamos viver em várias cidades  há anos sobre os tais recursos. Portanto quanto a vivencia financeira estávamos bem e estabilizados. Nossa casa sempre repleta de kajirae e kajirus, onde meus contatos com eles era os mínimos possíveis. Digo sempre que tive uma educação super rígida, educação militar, pois se meu pai já exigia a perfeição do seus soldados, os filhos então deveria ser o reflexo da mais alta educação e minha mãe soube fazer isso muito bem, embora eu carrego em minha bagagem genealógica, a rigidez, a firmeza, postura e determinação que meu pai tivera, sempre ouvi minha mãe dizer que eu era Celsius em corpo de garota, mas aprendi muito e sei que a minha educação foi das mais elevadas. Após o desaparecimento do meu pai, Romeu meu irmão já com a maioridade intelectual foi ingressar sua vida militar em Túria, seguiria a mesma posição do nosso pai. Minha mãe após alguns anos, foi ficando doente, deprimida e então tomo uma resolução, levaria a para fazer grandes viagens, conhecer novas cidades, distrai-la, e diante dessa minha idéia providenciei uma caravana, com vários soldados e guardas para proteger nos de qualquer imprevisto que pudesse acontecer, e nos cercando de todos os infortúnios, e assim promovendo uma viagem segura, saimos de Siwa para viajar pelas cidades de Gor, tentando fazer minha mãe mais feliz e querendo devolver a ela o sorriso que um dia o tempo levou. Não descreverei certamente a rota que fizemos, mas direi os lugares que passamos e o que vimos de especial nessa viagem.
Conhecemos a cidade de Ar, uma das mais antigas cidades de Gor, Ar é mais maravilhosamente bela quando visto na noite de tarnback. Fomos também para Brundisium, um porto da cidade de Thassa, um dos maiores portos de Gor e uma grande metrópole comercial. Conhecemos também Corcyrus, que até recentemente era governado por um Tatrix, Sheila de Corcyrus, mas ela foi deposta por sua tirania.
Percebia que a viagem estava fazendo bem a minha mãe, os lugares despertavam nela alegrias, e talvez uma vontade em viver, por isso então prosseguia minha viagem, cansativa sim, mas de um prazer incalculável.
Estivemos em Cos, conhecida por seus famosos vinhos e suas frotas de enormes navios comerciais. E fiz questão em conhecer Ko-ro-ba, pois a cidade produzia muitos excelentes guerreiros, onde lembrei muito de meu pai, porque a cidadania de Ko-ro-ba é também conhecida pelo seu amor feroz de independencia.
Fizemos também uma rota por Porto Kar, lá ficamos um bom tempo, uma cidade com grandes histórias e que nos favorece grandes estudos, pois essa cidade é a única que reconhece a casta dos ladrões e foi a única construida por escravos.
Após muitas andanças e viagens minha mãe queria ver meu irmão Romeu em Turia, era nesse momento seu maior desejo e assim sem pensar fomos em direção a Turia encontrar meu irmão e assim mamãe matar a saudade que tanto tinha dele. Turia é uma cidade rica, é a maior das cidades do sul Goreanas, onde são realizada com frequencias festas e jogos. Uma linda cidade, e então encontramos meu irmão, um Casta Vermelho, respeitado, que se emocionou ao nos ver, recebendo nos com muito carinho, e com sorrisos largos que foi feliz em assistir. Abraçava mamãe com muita amor e devoção, e após nos levou até a sua casa, um lugar aconchegante com belas decorações e de espaçoso ambientes, convidou nos a morar com ele, pois seria uma alegria te-nos em sua companhia, mas minha mãe ficou de pensar a respeito mas eu ja tinha meu destino traçado, voltaria para Siwa, onde meu pai fez seu nome e história e seria lá que viveria todo os seus Solstício de Verão, pois acreditava que estando por lá, descobriria alguma coisa a mais sobre a morte do meu pai, mas não mencionei ao meu irmão que voltaria, e sim, calada apenas vivia meus pensamentos. Anoiteceu, estavamos cansadas e logo adormecemos, foi uma noite reconfortante, tive sonhos lindos com meu pai e o via elegantemente vestido na cidade de Oasis de Siwa, imponente e magistral. Logo amanheceu, parecia que a noite tinha sido muito curta, mas suficiente para ter tido um descanso significativo... Ao me vestir e ir de encontro a sala, encontro meu irmão com a cabeça baixa, curvado, sentado em uma das belas almofadas de sua casa, a sua tristeza era perceptível, e seus lindos olhos verdes marejados de lágrimas, senti um aperto no peito e logo o indaguei o porque daquela tristeza que invadia seu coração e ele levantando a cabeça e olhando em meus olhos, levanta e vem de encontro a mim e me dá um abraço como há muitos anos não fazia, sinto o tão firme e forte contra meu corpo e retribuo o abraço sem entender o motivo daquele gesto, e após seu caloroso abraço, ele me olha com a mão passeando sobre meu rosto e diz que nossa mãe apenas esteve em Turia para despedir dele, pois ela tinha falecido a noite, enquanto dormia... Senti um vazio, um medo, um sentimento estranho, não chorei, não me fiz fraca, guardei e suportei toda aquela dor dentro de mim, estava por dentro em mil pedaços, mas obtive uma força fora do natural. Sepultamos ela, e logo após meu irmão me faz um convite de vir morar com ele, embora agora só restava nós dois, mas diante da educação que tivemos, sempre usávamos da franqueza, e disse a ele que o convite era de alegria e grande prazer, mas tinha que continuar minha rota, meu destino, viveria sobre o mar de areias em Siwa, onde nasci e que de uma certa forma acreditava que lá era meu lugar, meu berço, que toda a minha história estava enraizada naquele oásis e seria lá que viveria, e que um dia descobriria a verdadeira morte do seu pai. Rannah agradece muito o irmão, o despede com imenso carinho e afeição, permitindo que lágrimas caíssem agora do seu rosto, porque nunca foi de chorar tão fácil, sempre conseguiu manter a firmeza de suas emoções, mas permitiu naquele instante ser fraca e deixar toda a dor, a ausencia da mãe, o lado feminino aflorar e desaba num choro convulsivo, e diz que deixaria suas lágrimas e suas tristeza em Turia e voltaria como filha de Celsius Di Eagor, uma verdadeira descendente da Casta Scarlet para Siwa, para a cidade que seu pai deu a vida e a morte por ela. Restabelece da emoção que sentiu por momentos aos braços do irmão e volta para sua terra natal após 3 anos de viagem e de ausencia da sua cidadania Siwense.

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